domingo, 29 de janeiro de 2012

Leitora desde criancinha. Pra quem já lia aos três anos, não poderia ser diferente. Uma das lembranças mais legais da minha infância numa cidade pequenininha no interior do Paraná era quando minha mãe me levava com ela para a faculdade. Eu já sabia o caminho da biblioteca de cor, e enquanto ela assistia às aulas, eu ficava na biblioteca até ela aparecer e eu implorar pra levar uns dez livros pra casa. Depois nós esperávamos no ponto de ônibus pra voltar pra cidadezinha onde morávamos comendo sonho de goiabada que era vendido na porta da faculdade a cinquenta centavos.

Foi nessa parte da minha infância que eu conheci a Emília, a Clara Luz e o Tintim. Eu me sentava ao pé da estante de literatura infanto-juvenil, retirava os livros e os devorava ali mesmo, no chão. Lendo, relendo, relendo... A coleção do Tintim era quase completa. Não que eu soubesse o que era uma graphic novel. É claro que eu consumia todas as revistinhas da Turma da Mônica, mas o Tintim não era uma revistinha. Ora, só porque vem em quadrinhos, não deixa de ser um livro. Um livro em forma grande, mas que não tinha muitas páginas - o Sítio do Picapau Amarelo tinha livros maiores -, de capa dura e todo colorido.

Minha mãe se formou há uns dez anos... eu nunca mais vira o Tintim. Encontrava a Emília o tempo todo, e tive um pequeno ataque de histeria quando descobri a Clara Luz na biblioteca da faculdade onde agora eu era a aluna, mas o Tintim só me encontrou de novo recentemente, quando vieram os rumores sobre o filme. De repente as livrarias muniram-se de exemplares - infelizmente não como aqueles da infância, uns de capa flexível ou edições comemorativas do texto adaptado para o cinema - e, poxa vida, eu tinha que assistir a esse filme!

Não só assisti, como arrastei o namorado - que comprou a tal edição especial de presente de aniversário para o irmãozinho que agora tem 12 anos - o cunhado e a sogra para ver a sessão promocional da quarta-feira, já que só estão passando o filme em 3D na Roça Foz do Iguaçu e é caro levar todo mundo em sessões mais tranquilas. 

A adaptação foi das melhores que eu já vi. Muitas coisas foram modificadas, mexendo até no curso da história escrita por Hergé, mas foram muito bem feitas. Por exemplo, no filme, o Capitão e o Tintim não se conheciam, no livro, a história começa quando o Tintim compra uma réplica de um navio para presentar o Capitão, mas isso não compromete a história e deixa as coisas até mais interessantes, já que você perde um pouco da sensação de continuidade quando o enredo muda drasticamente.

Outra coisa que eu amei foi a adaptação do desenho 2D para a animação nas telas. Preferi não ver nenhum trailer, nenhuma crítica, nenhum comentário, então ainda tinha a curiosidade de como os meus amiguinhos de desenho seriam retratados. Gostei do trabalho que fizeram com eles! Só um detalhe contou em desfavor: os efeitos 3D. Que efeitos 3D?! Eram quase todos muito sutis... assim nem tem graça, né? Aquele jogo de sombras que você não consegue assistir direito sem os óculos, nem vê muita coisa com eles. Eu sempre fico meio decepcionada quando sou obrigada a ver um filme em 3D porque geralmente pago mais caro por algo que não compensa...

O filme é divertido, leve, e ao mesmo tempo traz cenas emocionantes de ação e mistério, assim como as histórias do incrível Hergé. Para públicos de todas as idades, para os que já conheciam o Tintim e para os que nem gostam de ler, aproveitem as férias e as meias entradas enquato podem! (Quem não tem férias nem meia entrada, sinto muito ajuda?)

PS: Assisti o filme dublado e ouvi dizer que alguns dubladores eram os mesmos do desenho animado do Tintim. Não sei dizer porque não assistia o desenho. Acho que não era do meu tempo...

As aventuras de Tintim (filme)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sierra, quanto teeeempo! Você não sabe o quanto eu esperei para ter notícias suas! Espero que não suma de novo, hein? Sabe que eu sempre me identifiquei mais com você do que com qualquer outra pessoa que eu conheci através da Cris. A gente combina, né? Até nos cachinhos! hahaha Olha, depois de tanto tempo, eu pensei que estaríamos mais distantes, mais diferentes, mas amizade de verdade é assim mesmo. Não importa quanto tempo a gente fique sem se falar, quando acontece aquele encontro ainda temos a mesma afinidade, o mesmo papo gostoso de sempre. Muito bom ver você!

Eu tinha ficado um pouco chateada, sabe? Eu soube que você esteve no Brasil. O quê? Por quatro anos? Poxa... e nesse tempo todo você sumiu! Tão pertinho de mim! Fiquei decepcionada mesmo, mas depois de saber que você está cheia de notícias, me animei logo! Você sabe que eu também cresci e mudei bastante. Não sou mais aquela pessoinha corajosa, espevitada e que se dava bem com todo mundo. Mas olha, você também mudou! E mudou igualzinho a mim!
Ela não era mais aquele lírio resplandecente, rápida para falar a qualquer um o que eles deveriam fazer com suas vidas. Em vez disso, ela se tornou uma observadora silenciosa e despretensiosa. O engraçado era que ela não fazia ideia do que fazer com a própria vida, quanto mais do que aconselhar aos outros.
A parte mais engraçada é que estou achando que estamos ainda mais parecidas do que antes. Você até arranjou um namorado parecido com o meu! E olha que eu comecei a namorar primeiro, hein? Enquanto eu lia sobre como vocês se conheceram, torci demais por vocês. Demais mesmo! Vocês formam um casal muito lindo. Tenho certeza que vai dar tudo certo entre vocês. Dessa vez vai, amiga!

Aqui, só tem umas coisinhas que vou te contar, hein! Como assim em quatro anos você só sabe falar 'Boa tarde' e 'Obrigada'? Mesmo você não sendo o primor linguístico, não acha que faltou um esforço, não? Poxa, quatro anos em um país e você não aprende a falar a língua deles? Não consegue entender o que o povo fala? Não acha que se acomodou demais só falando em inglês com a Mariana o tempo todo? Outra coisa, eu sei que é sua terra e tudo mais, você sente saudades... mas não acho que aí seja tudo melhor, não. Mas, como dizem, não existe lugar como o nosso lar.

Ahhh, e o Paul, hein? Não sei como você conseguiu. Tem que ter muito estômago. Se bem que... nada melhor do que encarar aquela paixão antiga e perceber que não rola mais nada, né? Mas mesmo assim, existem coisas totalmente desnecessárias. E a Tânia continua a mesma, né? Desculpa, é sua irmã, mas ô gentinha insuportável!

Mas bem... o que interessa é que você conheceu o Havaí, está feliz e contente, voltando pra casa com um namorado e tudo mais. Uhul! Estou super feliz por você! A gente se fala, hein? Beeeijos!!
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Esse livro faz parte da Série Love Finds You, uma iniciativa da Editora Summerside com histórias escritas por diversos autores de ficção cristã em diversas localidades dos Estados Unidos, trazendo um pedacinho de cada um dos cinquenta estados para o leitor. A editora não me presenteou com um exemplar; o livro que eu li foi emprestado pela Cíntia, que também escreveu uma resenha. Ou melhor, ela escreveu uma resenha. Eu escrevi quase isso haha Dá pra comprar pelo site da autora Robin Jones Gunn, pela Amazon, pela Livraria Cultura... Se quiser ganhar de presente, para dar a dica para os seus amigos do Skoob, a página do livro é essa aqui. Livro de graça mesmo e sem precisar da ajuda de ninguém é na biblioteca, mas eu não sei de nenhuma que tenha esse livro. Se você souber, informe nos comentários, por favor. (A capa diferente é da edição para Kindle)

Love finds you in Sunset Beach, Hawaii - Robin Jones Gunn