quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Eis o grande risco de se relacionar com gente 'importante': tornar-se conhecido pelo seu relacionamento com a pessoa, em vez da sua própria identidade. Sabem o que dizem da esposa do pastor? Aquela que não tem nome? É por aí...

Pra mim, intrometida por excelência e carente por vocação, o negócio complica mesmo. Desde criança eu acompanhava meu pai nas reuniões dele sempre que podia, ia junto com minha mãe pra faculdade (dela), e com meu namorado até em reunião da empresa eu já fui. Eu gosto de estar junto, de estar perto, e se me dão folga, de dar palpite. Mas eu gosto também que me conheçam pelo nome, que saibam quem eu sou e que me considerem. Eu gosto das pessoas. Gosto de pessoas.

Uma das piores coisas é ter a minha identidade vinculada a outra pessoa. Talvez seja por ser a filha do pastor desde sempre. Fico imaginando o que meu irmão passou no colégio, sendo considerado pelos professores como o irmão da Annie. Que cruz! O que me desagrada muito, e o que eu mais me esforço para não ser, é a esposa do Haralan. Não estou falando que não quero ser a esposa dele hahaha Só que a esposa tem nome, personalidade e identidade. Annie Adelinne, muito prazer.

Identidade

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Essa é a segunda edição do Desafio Literário. Na primeira eu até fiquei sabendo, mas não me empolguei, não. Algumas amigas minhas participaram e eu fiquei na vontade. Bem feito! Dessa vez eu não deixei passar!

A lista deu trabalho pra fazer. Os temas são mais difíceis, alguns até de definir, mas gostei muito de pesquisar sobre esses livros e não vejo a hora de começar. A maior parte desses livros pode ser considerada como clássico de alguma coisa. E grande parte desses autores são famosos que eu enrolei pra conhecer. (Eu nunca li Gabriel García Marquez. É grave, dotô?) Escolhi dando preferência aos títulos que posso encontrar na biblioteca da UFPR. Vai que não consigo comprar, né?

Janeiro - Infanto-juvenil 
Eu achei que seria fácil... mas foi difícil demais de escolher! Ainda mais porque são proibidas releituras e eu li muuuuuito quando criança. Ai, que vontade de ler de novo o Sitio do Pica-Pau Amarelo!
As Crônicas de Nárnia - C. S. Lewis
Os Meninos da Rua Paulo - Ferenc Molnár

Fevereiro - Biografia
Sempre tive preconceito com biografias. O que eu quero saber da vida dos outros? Pra mim sempre bastou saber o mais importante e pronto. Aí meu chefe me emprestou a biografia de Mauá. Incrível. Eu tinha escolhido a biografia de Einstein, Sutil é o senhor, mas vi que tem umas partes complexas de física e... deixa pra lá, né?
Olga - Fernando Morais
Eu, Christiane F., 13 anos, Drogada e Prostituída - Kai Hermann e Horst Rieck

Março - Romance Épico
Que raios é um romance épico? Primeiro pensei ser um livro que tratasse um momento importante da história.  Aí vi que Dom Quixote está nessa categoria. Não ajuda muito, eu li quando criança. A explicação: romance épico é a saga de um herói. Foi o que me disseram.
Portões de Fogo - Steven Pressfield
O Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda - Thomas Malory

Abril - Ficção Científica
Dois livros muito famosos, e eu tenho muita vergonha de não tê-los lido ainda. Sem mais.
1984 - George Orwell
Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley

Maio - Livro-reportagem
Eu amo histórias reais! O Diário de Anne Frank tem um lugar especial em meu coração. Nunca ouvi falar de nenhum dos dois livros, mas a sinopse me deixou curiosa.
A Batalha de Sarajevo - Leão Serva
A Sangue Frio - Truman Capote

Junho - Peças teatrais
Sabe o que foi difícil? Não escolher duas peças de Shakespeare...
O Mercador de Veneza - William Shakespeare
O Bem-Amado - Dias Gomes

Julho - Novos Autores
Confesso: não sou de coisas novas. Músicas recém-lançadas, autores em início de carreira eu sempre demoro pra conferir. Sabe como é... eu, enjoada, vai que não gosto? Tanto é que escolhi esses porque já me foram recomendados.
Todas as Estrelas do Céu - Enderson Rafael
Perseguiçao Digital - Loraine Pivatto

Agosto - Clássicos Brasileiros
Sabe o que foi difícil? Não escolher duas obras de Machado de Assis... E olha que eu tenho um caso de ódio por Dom Casmurro!
O Alienista - Machado de Assis
Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto

Setembro - Autores Regionais
Tenho arrepios quando ouço o nome 'Dalton Trevisan'. Não vou com a 'cara' dele de jeito nenhum. Não li nem pro vestibular. Mesmo assim, não tive muita escolha...
O Último Baile do Império - Aline Negosseki Teixeira
A Faca no Coração - Dalton Trevisan

Outubro - Nobel de Literatura
Escolhi primeiro os autores. Depois as obras. Tudo muito, muito difícil. Quem disse que a vida é fácil?
Ratos e Homens - John Steinbeck
Cem Anos de Solidão - Gabriel García Marquez

Novembro - Contos
Queira alguma coisa de Nelson Rodrigues. E uma opção que não fosse de contos brasileiros.
100 Contos Escolhidos - Nelson Rodrigues
A Primeira Esposa e outras histórias - Pearl S. Buck

Dezembro - Lançamentos do Ano
Bom, ainda não foram lançados, né? Peço às editoras que colaborem para lançar livros bem legais em 2011!

Difícil vai ser esperar pra ler! 

Desafio Literário 2011

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sabe o que é não conseguir largar um livro até terminar de ler... às 4:14 da madrugada? Vou adiantar: eu AMEI esse livro. Fiquei um tempão acordada, virando pra lá e pra cá, pensando nos últimos acontecimentos da 'vida' dos meus amigos que não existem. Contudo, se você quiser saber uma segunda opinião, leia a resenha da Cintia.

Shelly é aeromoça e morava com a Alissa, protagonista do Sunsets, mas por causa do seu trabalho volta a morar na casa dos pais em Seattle. Em meio a todas as lembranças da infância, o seu primeiro amor, que ela mesma enterrara no fundo do coração para viver seus sonhos e conhecer o mundo, volta como a mais dolorosa das lembranças. Ela sequer tem uma pista de onde seu antigo vizinho pode estar, mas tem a certeza que não tinha aos dezoito anos: ela o ama.

O livro é cheio de coincidências, mas se você quer saber, eu não acho nada forçado. Quando duas pessoas são feitas para ficar juntas, não há nada que impeça. Tudo concorre para este fim, para a história que já foi escrita antes do seu nascimento. A cada coincidência na minha vida eu vejo Deus agindo para me fazer feliz.

A maior parte do livro se desenvolve nos poucos dias em que ela está na Alemanha e encontra Jonathan, o vizinho, amigo de infância, ex-namorado e quase-noivo, agora noivo de uma mocinha espevitada que não tem Simancol para perceber 'climas'. Curti muito essa parte. Porque eu finjo que estou estudando alemão, amo a Alemanha ô lugar pra ser lindo! e porque... Poxa vida! Essa é a parte mais importante do livro! Shelly faz um bocado de reflexões lindas que fazem toda a diferença no resto da história...

Agora vou parar antes que comece a contar a história toda!

PS: Uma consideração sobre a Série Glenbrooke: no fundo é a história de Jessica e Kyle. Não há um livro que não fale deles. Estão em todas. Que bom pra mim!
PS²: Existem algumas 'partes' em alemão. Mas são coisas primárias, como Obrigada, Bom dia, Sim, Não...

Clouds - Robin Jones Gunn

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Em certos momentos o mundo poderia parar. Não é justo você curtir o feriado enquanto as coisas se acumulam na vida real. Olha a situação da pessoa escrevendo sobre o feriado da semana passada. Quer saber por quê? Só agora minha vida voltou ao 'normal'!

Nesse último feriado eu estava no congresso da juventude batista aqui do meu estado. Em uma chácara. Com meu namorado. Três bons motivos pra desligar desse mundo, certo? Sem nenhuma culpa até ver minha caixa de emails estourando, quinhentas mil postagens no Reader (esse povo não tem feriado, não, gente?) e o calendário. Por que o tempo não congelou? Por que falta tão pouco pra aquela prova de Constitucional? Por que meu computador estraga numa hora dessas?

Como se não bastasse o fim daqueles dias maravilhosos, a volta pra casa e o fato de estar sozinha de novo... a vida real poderia ajudar se continuasse do jeitinho que eu a deixei quando dei folga a mim mesma. Depois de correr como uma desesperada pra voltar aos eixos, estou de volta. Finalmente. Senti saudades :)

De Volta à Realidade

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Quando eu estou brava não penso duas vezes sobre o que ouvir. O rock pesado (pesado o bastante pra mim) é perfeito pra soltar os bichos. Entende, né? Pois é. Mas as letras delas tem pouco a ver com alimentar a raiva, pelo contrário. Grande parte delas são pra animar qualquer cara emburrada, e dessas Come Alive é a minha preferida sempre. Não preciso dizer o porquê. A música fala ;)

Acorde, levante, não há tempo a perder
Não me calarei, é a nossa vez de falar
Essas ruas estão mortas, esperando a vida
Quebrar as portas da nossa zona de conforto
Derrubar as paredes que nos impedem de enxergar além
Não estamos doentes de deixar a vida passar?

Porque ouvimos o chamado e nos tornamos vivos
E lutamos por amor e vivemos para morrer
Porque uma vida sem sentido é como um dia sem luz
Então nos tornamos vivos nesta noite

E tem coisa mais importante nessa vida do que viver plenamente, abundamentemente, intensamente?

Come Alive - BarlowGirl

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Experimenta falar isso pra mim. Não, não experimenta, não. Eu não gosto. Eu detesto. Eu... hunf!

Sabe aquela história de "preciso falar com você mais tarde" ou "tenho uma coisa importante pra te contar, mas agora não dá"? Comigo isso não existe. Bom, pelo menos não deveria existir. Se tem uma coisa que me deixa nervosa é a expectativa de uma conversa.

Quer conversar? Então fala agora, e fala tudo. Não me deixa pensando que é pior. Ainda mais se você for uma pessoa meio dramática. Eu sou dramática e meia meio? Imagine o que sai dessa mistura. Coisa boa é que não é. As chances disso dar errado não são poucas, ainda mais com uma mente hiperativa como a minha.

Pensando sempre no pior. Afinal, se o negócio é tão sério que precisa de um momento especial pra ser dito, coisa boa é que não é, né? Quando o assunto é bom, a gente não guarda. Sai falando, espalhando pra todo mundo. Ninguém deixa a alegria pra mais tarde. E quanto mais tempo passa piores são as hipóteses que passam pela minha cabeça.

Irritada por antecipação. Difícil explicar, mas sabe aquela história de que "uma mentira contada cem vezes vira verdade" ou algo assim? Quando a "expectativa de uma conversa séria" dura muito tempo, e as tais hipóteses malucas e teorias conspiratórias ficam fazendo a festa na cabeça, às vezes a gente perde a noção da realidade. Tanto faz você ter certeza de que o assunto é aquela coisa horrível que você pensou ou se você em seu estado de insanidade começa a pensar que isso de fato aconteceu, juntando argumentos que justifiquem toda a sua certeza... O resultado é que antes mesmo de saber o que aconteceu de fato, eu já estou brava pelo que pode ter acontecido. Aí vem o namorado perguntando 'O que foi que eu fiz?'

ELE (meu namorado é ELE sim, ta, Cintia?) diz que faz isso ele sempre faz isso porque sabe que, ao contrário da memória de Lucy dele, eu não esqueço. Eu nem durmo de tanto pensar nisso. Dei uma agenda pra ele, mas, não sei por quê, ele não anota 'certas coisas' na agenda. E eu fico me mordendo de curiosidade.

Deixa ele chegar pra ver se não leva uns tapas #violenciadomestica

Preciso conversar com você

sábado, 2 de outubro de 2010

O dia de hoje pareceu comprido. É que aconteceu tanta coisa, que eu tenho a impressão de que foi coisa demais pra um dia só. Será que não foi uma semana e eu não percebi? Como pode uma pessoa ficar ansiosa, tranquila, entediada, alegre, envergonhada, brava, apaixonada, triste, brava de novo, chateada, alegre e terminar o dia às gargalhadas?

Quando eu falo desses sentimentos, não pense que é algo contido, algo leve, mudanças graduais... É chorar de raiva, é rir até chorar, é dar pulos de alegria, é ficar profundamente chateada, é ficar vermelha de vergonha, é ficar boba de paixão... Não é bipolaridade, não, gente! É só que eu me permito a levar todos os meus sentimentos ao último grau.

Deve ser por isso que eu detesto quando alguém tenta me acalmar quando estou com raiva. E porque eu ouço música de fossa quando estou triste. E porque rio dez anos da mesma piada. Eu gosto de intensidade. De saber que eu vivi cada momento.

Morrer de amor, de saudade, de raiva, de tristeza, de rir. E seguir cada vez mais viva.

PS: sei lá porquê to achando esse post a cara da Ju Finaflor.

High Low